Pragas Urbanas

Tipos de Pragas Urbanas:

  • Aranhas
  • Existem aproximadamente 35.000 espécies de aranhas no mundo. Elas são muito importantes no ecossistema, pois são predadoras, capazes de regular a população de outros artrópodes, principalmente insetos, que em grande número, podem se tornar pragas.

    Muitas espécies de aranhas são inofensivas ao homem, porém, acidentes graves podem ocorrer com algumas espécies, tais como a aranha marrom (Loxosceles), a aranha de jardim ou tarântula (Lycosa), a viúva negra (Latrodectus) e a aranha armadeira (Phoneutria).

  • Baratas
  • As baratas são insetos que formam um grupo cosmopolita, podem causar diversos problemas, o principal são os diversos patógenos que são transmitidos aos seres humanos como bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus. A barata pode chegar a 10 cm de comprimento dependendo da espécie tendo o corpo oval e escuro.

    Quando saem durante o dia é por haver muitas ou por falta de alimento ou água. Calcula-se que para cada barata encontrada há cerca de 1000 escondidas.

    Alimentam-se de animais e vegetais mortos, algumas espécies possuem bactérias e protozoários no tubo digestivo que auxilia na digestão. A maioria das espécies são onívoras capazes de ficarem três dias sem água e dois meses sem alimento.

    A mais comuns são:

    Germânica

    Trata-se de baratas de pequeno tamanho, altamente prolíficas, quando ninfas, chegam a medir um milímetro.

    Áreas onde ocorrem manipulação e armazenagem de alimentos estão sujeitas a infestação pela B. germanica. Assim, embalagens de produtos são um eficiente mecanismo de dispersão da praga, uma vez que elas se alojam facilmente em pequenos espaços em caixas de papelão, sacos plásticos e outros materiais. É desta maneira que a barata alemã, assim como outras, pode se dispersar com facilidade para qualquer lugar do mundo, seja sua vizinhança, seja um outro país.

    Ocorre a concentração de baratas alemãs na cozinha, sanitários e outras áreas onde haja alimento e umidade disponível.

    Em nossas residências podemos facilmente criar "habitats" para as baratas, através do acúmulo de jornais e livros, acúmulo de lixo, furos e rachaduras em paredes, azulejos soltos, forros de gesso e madeira, vãos entre a instalação elétrica / hidráulica e as paredes, espaço entre o fundo de armários embutidos e gabinetes em relação a parede. Também, em armários e ambientes fechados, pouco ventilados, com acúmulo de materiais como em maleiros de guarda-roupas, cabine de quadros de energia e relógio de água, porões, sótãos.

    Americana

    Periplaneta americana, também denominada de barata grande, barata voadora, barata-de-esgoto, é uma das espécies domésticas mais comuns no Brasil.

    As baratas americanas podem viver em grandes grupos sobre paredes nuas, desde que não haja perigo ou distúrbios constantes, como predadores naturais ou outros riscos (limpeza, etc.). No entanto, normalmente apresentam um comportamento mais tímido, vivendo em ambientes mais reclusos e maiores, uma vez que se trata de insetos grandes, que não podem se esconder em qualquer lugar.

    Os locais preferidos para os adultos se estabelecerem são os esgotos, as canaletas de cabos, as caixas de inspeção, as galerias de águas pluviais, as tubulações elétricas. Aparecem também em áreas pouco freqüentadas por pessoas como os arquivos e depósitos em geral, principalmente onde haja abundância de papelão corrugado, seu esconderijo preferido.

  • Cupins
  • Os cupins são insetos conhecidos por nós pelo hábito de se alimentarem preferencialmente de celulose, atacando papéis, livros, estruturas de madeira, ou qualquer outro material derivado deste composto.

    Os cupins alimentam-se de uma variedade de produtos de origem vegetal, como papel e madeira, e de origem animal, como couro e lã. São mais ou menos 84 gêneros, que agrupam aproximadamente 514 espécies. Destas, de 12 a 15 apresentam importância econômica, sendo que 2 delas se destacam mais em nosso país como pragas urbanas: Criptotermes brevis (cupim de madeira seca) e Coptotermes havilandi (cupim de solo).

    Cupim de Madeira

    O Cryptotermes brevis ou cupins de madeira seca são cupins que vivem em madeiras com relativamente baixo teor de umidade. Eles não necessitam ter contato com o solo ou com outra fonte de umidade. A própria madeira e o ambiente em que vivem provêem à umidade que necessitam para sobreviver. Por viverem dentro da madeira seca, eles são frequentemente transportados de um local a outro, em móveis infestados, caixas ou "container" de madeira, estrados de madeira, molduras de quadros, etc. Periodicamente, por causa do acúmulo de fezes, os cupins as eliminam sob a forma de uma "chuva" típica. As fezes se acumulam, assim, logo abaixo do orifício de eliminação, ao longo da peça atacada. Este é o mais típico sinal de infestação por cupins de madeira seca. Após a eliminação das fezes, o orifício formado (de formato circular com diâmetro de cerca de 1-2 mm) é então novamente fechado. As fezes apresentam o formato de pequenos grânulos ovalados (0,5 mm de comprimento). Quando são observados com lupa, é possível verificar 6 reentrâncias causadas pela impressão dos músculos retais nas paredes das fezes.

    Cupim de Solo

    Periplaneta americana, também denominada de barata grande, barata voadora, barata-de-esgoto, é uma das espécies domésticas mais comuns no Brasil.

    As baratas americanas podem viver em grandes grupos sobre paredes nuas, desde que não haja perigo ou distúrbios constantes, como predadores naturais ou outros riscos (limpeza, etc.). No entanto, normalmente apresentam um comportamento mais tímido, vivendo em ambientes mais reclusos e maiores, uma vez que se trata de insetos grandes, que não podem se esconder em qualquer lugar.

    Os locais preferidos para os adultos se estabelecerem são os esgotos, as canaletas de cabos, as caixas de inspeção, as galerias de águas pluviais, as tubulações elétricas. Aparecem também em áreas pouco freqüentadas por pessoas como os arquivos e depósitos em geral, principalmente onde haja abundância de papelão corrugado, seu esconderijo preferido.

  • Escorpiões
  • Os escorpiões são invertebrados do Filo Arthropoda, que pertencem à classe Arachinida e à ordem Scorpiones. As 1500 espécies atuais estão distribuídas em 9 famílias e cerca de 120 gêneros, no Brasil estão catalogadas cerca de 100 espécies, distribuídas em 4 famílias.

    O corpo do escorpião é dividido em duas partes: a cabeça é fundida ao tórax formando uma estrutura denominada cefalotórax ou prossoma e o abdome ou epistossoma é articulado ao cefalotórax em toda a sua largura. Sua porção final que lembra uma cauda é chamada de pós-abdome, onde sua estrutura final termina em um curvo espinho, semelhante a uma “agulha”, cuja função é a produção de uma substância tóxica.

    Dentre os mais conhecidos estão Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e o Tityus bahiensis, também conhecido como escorpião marrom.

  • Formigas
  • As formigas são insetos sociais e ocorrem, praticamente, em todos os ambientes terrestres, exceto nos pólos. Elas são encontradas desde os desertos até as florestas tropicais, desde as mais altas montanhas até os mais baixos vales. Algumas espécies encontram-se associadas aos homens e convivem em suas residências.

    As formigas urbanas, alimentam-se de líquidos ou sólidos digeridos, levando partículas para o ninho para alimentação da colônia.

    As operárias têm preferência alimentar por carboidratos, fonte de energia, já que andam e trabalham muito, enquanto as larvas e a rainha preferem proteínas, como fonte para o crescimento e reprodução.

  • Moscas
  • No ambiente urbano algumas espécies adaptaram-se bem às condições criadas pelo homem, mantendo uma dependência chamada de sinantropia, isto é, possuem grande adaptação ao ambiente urbanizado. Dentre as altamente sinantrópicas estão a mosca doméstica (Musca domestica), as moscas-dos-filtros (Telmatoscopus albipunctatus, Psychoda alternata, Psychoda cinerea, Psychoda satchelli), as mosquinhas (Drosophila spp.) e as moscas Chrysomya.

    As mosquinhas ou mosca da banana (Drosophila spp.), no ambiente urbano, são atraídas por frutas maduras ou lixo presentes no interior de residências, feiras e mercados. As moscas Chrysomya foram recentemente introduzidas no Brasil. São facilmente observadas em feiras livres sobre peixes, frangos, etc. Podem transmitir parasitas intestinais, poliomielite e doenças entéricas.

  • Mosquitos
  • Atualmente os mosquitos de maior interesse em saúde pública são os do gênero Aedes e Culex. Não podemos deixar de lembrar do gênero Anopheles (Anopheles darlingi), responsável pela transmissão da malária.

    Os mosquitos nutrem-se de seiva de plantas e somente a fêmea pica por necessitar de sangue para a maturação de seus ovos. A presença de água e temperatura ao redor de 25ºC, são condições ideais para completar o seu ciclo evolutivo. Portanto a população de mosquitos tende a aumentar nas épocas de primavera e verão.

    As fêmeas do gênero Culex colocam seus ovos em águas poluídas e eclodem após 48 horas. As do gênero Aedes, dispõem seus ovos na parede dos recipientes com água limpa sombreada, próximo à linha d’água. Estes ovos podem ficar viáveis por vários meses até um ano. Os adultos vivem cerca de 30 dias. As fêmeas do Culex, picam à noite e as de Aedes durante o dia.

    Os mosquitos de ambos os gêneros estão perfeitamente adaptados às condições urbanas, pois o homem oferece criadouros artificiais como tanques, latas, caixas d’água, pneus e pratos de vasos com água limpa e em locais sombreados, para o Aedes completar o seu ciclo bioecológico e criadouros naturais como valas e córregos polidos, para o desenvolvimento do Culex.

  • Pombos
  • Os pombos são aves comuns em quase todas as cidades brasileiras e em todos os meses do ano.

    Suas fezes podem conter fungos e outros microorganismos causadores de doenças graves. Outros organismos tais como, piolhos ácaros e pulgas também podem afetar o ser humano caso esteja próximo as seus ninhos. Armazéns de alimentos humanos ou de animais também podem ser contaminados, especialmente silos que armazenam grãos e sementes. Suas fezes também sujam e destroem o patrimônio, pois são ácidas e deterioram materiais. Seus ninhos entopem calhas e quando ocorrem próximo a aeroportos podem ocasionar acidentes à aviação.

    Os pombos transmitem através da inalação, contato com seus excrementos (fezes) ou por intermédio dos seus hospedeiros (piolhos ou ácaros), as seguintes doenças: Histoplasmose, Candidiasis, Cryptococcosis, Encefalites de São Luiz, Toxoplasmose, Salmonelose, etc.

    Por outro lado, a simbologia religiosa, de paz e de amor contida neste grupo de pássaros e que resulta em uma enorme simpatia da população por eles, dificulta a implantação de medidas de controle cultural, pois as pessoas não assumem os transtornos médico-sanitários relacionados a estas aves em grandes centros urbanos.

  • Pulgas
  • As pulgas são pequenos insetos que pertencem à ordem Siphonaptera. São ectoparasitos de aves e mamíferos, principalmente destes últimos. Medem geralmente menos de 5 milímetros de comprimento e suas partes bucais são adaptadas para cortar a pele e sugar o sangue do hospedeiro. Não têm asas, mas possuem pernas extremamente fortes, especialmente o par posterior, que possibilita às pulgas moverem-se rapidamente e pularem distâncias muito maiores que o comprimento de seu corpo. Os olhos são reduzidos ou mesmo ausentes.

    As pulgas não causam somente desconforto ao homem e seus animais domésticos, mas também problemas de saúde, tais como, dermatites alérgicas, transmitem viroses, vermes e doenças causadas por bactérias (peste bubônica, tularemia e salmonelose). Apesar das picadas serem raramente sentidas, a irritação causada pelas secreções salivares pode se agravar em alguns indivíduos.

    As espécies mais importantes na saúde pública são: Pulex irritans, que ataca mais o homem, podendo, no entanto, alimentar-se sobre outros hospedeiros; Xenopsylla cheopis, denominada pulga do rato; Ctenocephalides felis, conhecida por pulga do gato e Ctenocephalides canis, a pulga do cão.

  • Roedores
  • Os ratos pertencem a ordem Rodentia, que abrange todos os roedores. Das mais de 1.700 espécies distribuídas pelo mundo, cerca de 125 estão classificadas como pragas e 3 são de grande importância para o homem. São elas: Rattus norvegicus e Rattus rattus, Mus musculus. Estas espécies costumam ocorrer isoladamente, porém em algumas situações podemos ter até duas espécies infestando uma determinada área.

    Estima-se uma perda anual de até 8% da produção mundial de cereais e raízes, estima-se também que cada roedor consuma por dia o equivalente a 10% de seu peso. As perdas ainda podem ser maiores se considerarmos a contaminação dos alimentos por urina e fezes e o desperdício pelo rompimento de sacarias e outras embalagens, o mesmo acontecendo com os farelos e rações animais.

    Países importadores com rígidos níveis de higiene, podem condenar toneladas de alimentos pela simples presença de alguns poucos montículos de excrementos, acarretando elevados prejuízos.

    Diversos setores da cadeia produtiva agropecuária também sofrem a ação destes roedores, como nas indústrias de aves e suínos, refinarias de óleos, usinas de álcool e açúcar, fábricas de rações, granjas, locais de armazenamento, lavouras, pequenas criações.

    A presença destes roedores em nosso meio ainda pode acarretar outros problemas como os acidentes devido aos danos causados em fios e cabos de máquinas e instalações elétricas.

    A presença de ruídos e chiados em ligações telefônicas se devem muitas vezes aos ratos. Cabos e fios danificados perdem a capacidade de transmissão e ficam sujeitos à umidade e a ação de outros agentes, como as formigas.

    Os ratos são ainda responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças ao homem. A Organização Mundial da Saúde já catalogou cerca de 200 doenças transmissíveis, destacando-se a leptospirose, tifo, peste bubônica, febre hemorrágica, salmonelose, nefrite epidêmica, sarnas, micoses, helmintíases entre outras. Dentre as espécies mais conhecidas:

  • Traças dos Livros
  • E um inseto desprovido de asas que se alimenta de carboidratos como açúcares e amido.

    Esse é o único inseto que se assemelha a um peixe, um estranho e pequeno peixe com pernas e antenas. Possui o corpo fino e comprido e aparentemente não há separação entre a cabeça, o tórax e o abdome. Além do mais, move-se como um peixe. Seu corpo é coberto por escamas amarelado, minúsculo e frágil, que se desprendem quando tocadas.

    O comprimento de um lepisma, não incluindo seus membros, é de aproximadamente um centímetro. Seu brilho metálico se deve às escamas prateadas que surgem após a terceira muda.

    Seu aspecto lembra um peixe prateado, daí um de seus nomes em inglês ser "silverfish". As espécies encontradas nas residências têm coloração cinza prateada. Seu tamanho varia de 0,85 a 1,3 cm, dependendo da espécie e do ínstar (estágio de desenvolvimento). Dependendo de sua condição de vida, o lepisma demora de quatro meses a três anos para atingir o estágio adulto. À temperatura ambiente, seu pleno desenvolvimento requer um ano. Sua vida pode durar entre dois e oito anos.

Respeito ao meio ambiente e à qualidade de vida